Estou aqui sentado na minha mesinha escrevendo mais um texto, já joguei tantas folhas de papel no chão, nada do escrevo me agradou, torço pra que esse não seja mais uma dessas folhas. A gente é muito insatisfeito, muita coisa não nos agrada. Eu sou assim, demoro a me acostumar com algo, uma idéia, um sentimento. A vida muda tanto, numa velocidade enorme, mas ao mesmo tempo parece que a gente continua os mesmos, com os mesmos medos, os mesmos sentimentos, os mesmos erros. Uma nostalgia de um passado que ainda é muito presente, nas atitudes, nos jeitos, nos pensamentos, nas lembranças.
É certo que já demos muitos passos em direção ao nosso futuro, mas algumas coisas fazemos questão de trazer na nossa bagagem, não é mesmo?! Nossos vícios, nossos manias, nossos costumes, algumas lembranças se perpetuam em nossos corações, umas nos machucam, outras nos fazem sorrir e nos ajudam a seguir em frente. É, a vida é um oscilo entra a dor e o alívo, entre o erro e o acerto, entre a queda e o recomeço.
E de repente me vejo fazendo algo que não faria antes, escuto uma canção que antes detestava, mudo outra vez. Me pego pensando em alguém, que odeio, mas odeio simplesmente pelo fato de estar gostando e querer me controlar e perceber o quão inútil é minha atitude.
Podemos até ser donos de nós mesmos, mas não daquilo que sentimos.
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